sábado, 11 de maio de 2019

Artigo da Unesp está entre os mais lidos de 2018 em Física

Trabalho de pesquisadores de Ilha Solteira foi destaque na Scientific Reports, da Nature



07/05/2019 por: Marcos Jorge



Publicação do grupo Nature, a Scientific Reports divulga, anualmente, os artigos mais lidos em diversas áreas
Imagem: Reprodução


Ao longo do ano de 2018, o periódico Scientific Reports, da Nature, publicou mais de 1133 artigos na área de Física. Um desses trabalhos, assinado pelo professor Antonio Seridonio, da Unesp de Ilha Solteira, pelo seu aluno de doutorado Luciano Ricco, e com as colaborações da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Rússia, ficou entre os cem mais lidos do ano.

A notícia foi informada por meio de carta do Dr Richard White, editor-chefe da Scientific Reports, ao professor Seridonio. O docente e os alunos envolvidos no trabalho estão vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais.

O artigo, teórico, intitulado “Tuning of heat and charge transport by Majorana fermions” publicado pelos pesquisadores da Unesp descreve a possibilidade de criar nanodispositivos termoelétricos a partir do uso de nanofios supercondutores topológicos, onde os majoranas emergem como estados de borda.

Para ler o artigo completo, acesse: https://www.nature.com/collections/afggedgdbj/content/76-100

Os majoranas são atualmente um dos objetos mais estudados da Física e foram teorizados pela primeira vez pelo italiano Ettore Majorana, ainda na década de 30. Em Física da Matéria Condensada, o majorana é também conhecido como uma quasipartícula (ou partícula aparente), tendo a si mesma como antipartícula.

No artigo destacado pela publicação da Nature, os pesquisadores propõem um sintonizador termoelétrico assistido por férmions de Majorana. A expectativa do professor Seridonio é que o trabalho teórico possa contribuir para o desenvolvimento de dispositivos termoelétricos baseados em férmions de Majorana.

Em 2018, o site da Sociedade Brasileira de Física publicou um vídeo do professor de Ilha Solteira explicando mais detalhes sobre o artigo publicado na Scientific Reports. O vídeo pode ser visto a seguir:

Bigorna Flutuando


A densidade do ferro é menor que a do mercúrio, então, se você tentar mergulhar uma bigorna em um balde cheio de mercúrio, ela flutuará.






Credits (créditos): Cody'sLab - https://www.youtube.com/channel/UCu6mSoMNzHQiBIOCkHUa2Aw
A imagem pode conter: texto

Thanos deixa um recadinho para você...

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto

terça-feira, 7 de maio de 2019

Qual a cor do tênis?








A neurocientista Claudia Feitosa Santana, que atuou como Professora Visitante entre 2016 e 2018 aqui na #UFABC, fala sobre a recente polêmica da cor de um tênis: Cinza com verde? Ou rosa com branco? Confira a explicação abaixo:




"Essa ilusão não tem nada a ver com cérebro direito ou esquerdo, explicação totalmente fake news. A verdadeira explicação está em como nossos cérebros lidam com as mudanças de luz no nosso cotidiano, muito longe da dicotomia tentadora de rotular as pessoas em razão versus emoção. A luz ambiente muda o tempo todo, seja quando entramos numa garagem ou saímos de casa ou mesmo quando as nuvens se modificam no céu. Nosso cérebro evoluiu de forma que descontamos a mudança na iluminação para que o mundo fique um pouco mais estável para a gente, ou seja, um mecanismo que nos traz um pouco de estabilidade porque, caso contrário, os objetos mudariam de cor várias vezes ao dia e seria bem desconfortável pra gente. Em geral, nossos cérebros fazem esses cálculos de forma parecida, mas quando fazemos de forma muito diferente nos chama bastante atenção e esse é o caso do #thedress e agora desse tênis - alguns descontam a luz de forma que vêem verde/azul e cinza/bege e outros vêem rosa e branco. Portanto, a explicação está na forma como interpretamos a luz e não no lado do cérebro. E manipular a luz da tela não resolve para todo mundo. Mais que isso: duas pessoas que vêem o tênis da mesma cor não necessariamente vêem o vestido da mesma cor. E o mais importante de tudo isso: separar as pessoas em cérebro direito e esquerdo é sinônimo de andar na contramão da neurociência. Ser mais razão (ex. lógico) que emoção (ex. artístico) ou vice-versa não tem nada a ver com o lado do cérebro porque ser mais uma coisa que outra ou as duas ao mesmo tempo é o resultado de uma orquestra cerebral que usa os dois lados do cérebro. Na real, somos razão e emoção juntos e a balança pesar mais para um que para outro depende do assunto, do dia, do humor, da fome, etc e tal. A percepção de cores é relativa assim como nossa percepção em geral e fica fácil entender isso se usarmos preço como exemplo. O tênis em questão custa aproximadamente 400 reais. Isso é caro ou barato? Depende da nossa conta bancária! No caso da cor do tênis, tudo depende de como nosso cérebro funciona. Quase todo mundo vê o tênis original como rosa-e-branco, mas o que interessa aqui é a foto do tênis que a maioria percebe verde-e-cinza ou rosa-e-branco, mas tem outras variações como azul-e-bege. E quem tem razão? Todo mundo. A cor é geralmente pensada como uma qualidade do objeto ou da luz, mas isso não é verdade, a cor é uma construção mental determinada por processos neuronais onde a luz é apenas o início desse processo. Nosso cérebro vem equipado com um mecanismo que se chama constância de cor que está o tempo todo descontando as mudanças na iluminação para que a cor dos objetos se mantenha estável. Como isso funciona na foto do tênis? Alguns cérebros assumem que a iluminação é rosada, descontam essa iluminação, percebendo o tênis verde-e-cinza; outros assumem que a iluminação é esverdeada, descontam essa iluminação, percebendo o tênis rosa-e-branco. Esse verde e esse rosa são cores complementares: faça o teste da pós-imagem (fotos dos quadrados) com olhar fixo no centro por 30 segundos e depois olhe para uma parede branca. Como a iluminação na foto é ambígua, ela pode ser vista como esverdeada ou rosada e, por isso, as pessoas acabam vendo cores muito diferentes. Se a iluminação ambígua fosse de cores muito próximas (ex.: azul e verde) a foto do tênis não tinha viralizado. Então, a pergunta que fica: o que os cérebro que veem verde-e-cinza têm em comum? E os cérebros que veem rosa-e-branco? Esse é a mesma pergunta sobre o #TheDress e os artigos publicados (inclusive o meu) apontam para o seguinte caminho: diferentes experiências com a luz durante a infância ou ao longo da vida podem influenciar a forma como nosso cérebro funciona e como percebemos as cores. Teste pós-imagem: Givago Souza." (Claudia Feitosa Santana)

Veja também o vídeo "UFABC em pesquisa T01E01 Neurociências: Percepção Visual" e conheça o trabalho da pesquisadora Claudia Feitosa Santana sobre percepção visual e conheça sua hipótese para explicar o fenômeno viral do vestido: será preto e azul ou branco e dourado?ufabc.net.br/empesquisa01 #Neurociência#DivulgaçãoCientífica

#ImagemAcessível: Imagem de divulgação de texto sobre perpeção de cores de Neurocientista com passagem pela Universidade Federal do ABC. O fundo da imagem é cinza. No topo centralizado temos duas fotos dentro de dois quadrados, ambas as fotos exibem uma mão segurando um par de tênis. No lado esquerdo o tênis tem as cores rosa e branco e no lado direito o tênis tem as cores verde e cinza, no entanto, a perpeção das cores desses tênis pode variar de pessoa para pessoa, conforme explica o texto da postagem que acompanha a imagem. No centro no lado esquerdo, abaixo das fotos, temos um retângulo branco pequeno e dentro dele a palavra "Pesquisa". Abaixo deste retângulo e também das fotos, mais ao centro da imagem temos dois quadrados. O quadrado do lado esquerdo está dividido em outros quatro quadrados de tamanhos iguais, os quadrados do canto superior esquerdo e o do canto inferior direito tem a cor rosa e os quadrados do canto superior direito e do canto inferior esquerdo tem a cor branca. O quadrado do lado direito também está dividido em outros quatro quadrados de tamanhos iguais, os quadrados do canto superior esquerdo e o do canto inferior direito tem a cor verde e os quadrados do canto superior direito e do canto inferior esquerdo tem a cor cinza. Na parte inferior da imagem, temos um retângulo branco, dentro dele o texto "Qual a cor de tênis? Neurocientista com passagem pela UFABC desmistifica teorias populares sobre características dos diferentes lados do cérebro" na cor verde e com texto alinhado à esquerda. No rodapé, no canto inferior direito há um retângulo branco e dentor dele o logo da Universidade Federal do ABC nas cores verde e amarelo.


https://www.facebook.com/ufabc/photos/a.325879979902/10157654292299903/?type=3&theater

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Corrente elétrica assume nova definição em maio


Corrente elétrica assume nova definição em maio; confira
Trata-se de uma das quatro medidas do Sistema Internacional que serão redefinidas em 2019

02/05/2019 - 10H02/ ATUALIZADO 10H02 / POR JÉSSICA FERREIRA


COMO AS MUDANÇAS DE MEDIDA AFETARAM SUA VIDA? CONFIRA (FOTO: PIXABAY/READYELEMENTS)


O ampere, uma das unidades de medida do Sistema Internacional (SI), vai passar por mudanças a partir de 20 de maio, Dia Mundial da Metrologia. Ele esteve sob o interesse de 60 países durante a 26ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, em novembro do ano passado, quando uma votação unânime determinou redefinições das medidas do ampere (corrente elétrica), quilograma (massa), kelvin (temperatura) e mol (quantidade de substância).


As quatro medidas serão redefinidas com base em constantes da natureza, que são estáveis e imutáveis, a exemplo da velocidade da luz. O ampere é responsável pela medição da corrente elétrica, o que nos permite carregar dispositivos como smartphones ou laptops, por exemplo. Entenda o que muda:



Por que elas serão alteradas?

De acordo com o Laboratório Nacional de Física, no Reino Unido, a redefinição garante estabilidade ao Sistema Internacional, possibilitando medições precisas e avanços nas áreas da ciência e tecnologia, além de abrir oportunidades para o desenvolvimento de novas tecnologias.


Leia também:

+ Bactérias podem estar produzindo eletricidade no seu intestino

+ Hidrogênio: entenda a importância do elemento para vida na Terra


Como ficará o ampere?

Atualmente, a definição formal do ampere diz que ele é a “corrente constante na qual, se mantida em dois condutores paralelos retos, de comprimento infinito, de seção circular desprezível, e colocados no vácuo a um metro de distância, produziria entre esses condutores uma força igual a 0,0000002 newtons por metro de comprimento”.


A curiosidade e o problema dessa explicação é que ela não tem como ser comprovada fisicamente. Com a mudança, o ampere será definido pela carga elementar elétrica, que pode ser testada por aparelhos como a bomba de transporte do elétron único, usada pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST).


O que muda no cotidiano?

Na prática, nada. A mudança do ampere não afeta aparelhos eletrônicos, fiação ou mesmo choques elétricos, mas possibilita medições mais precisas. Os produtos continuarão do mesmo tamanho, mas serão definidos com maior grau de precisão. Isso beneficia a ciência e a indústria, contribuindo para fabricantes de baterias e para tecnologias como das máquinas de ressonância magnética e aceleradores de partícula utilizados pela CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), que poderão fazer cálculos mais precisos.



https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/05/corrente-eletrica-assume-nova-definicao-em-maio-confira.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post&fbclid=IwAR1GLSs9hZb1sCEI6QmBNmudqN3ZfokhILL3tLpa1MRXvMHS4bEJ3A75JV8